O ministro da Economia, Paulo Guedes, defendeu a privatização da Petrobras durante evento de lançamento do Plano de Crescimento Verde do governo federal, nessa segunda-feira (26). A venda da estatal está sendo estudada pelo governo Bolsonaro junto ao Congresso. A ideia é a criação de uma lei que permita a venda de ações da União aos poucos, mas mantendo a “golden share”, o que concede ao Estado o poder de veto de determinadas operações na empresa, além de permanecer com a indicação do presidente.
Guedes saiu em defesa da proposta e afirmou que a estatal valerá “zero” daqui a 30 anos. Para ele, o valor arrecadado com a venda das ações seria empregado em tecnologia e educação. “E se daqui a 20 anos o mundo todo migrar para a energia elétrica, hidrogênio, nêutron, energia nuclear e o fóssil for abandonado? A Petrobras . E o que nós fizemos?”, disse o ministro.
“Deixamos o petróleo lá em baixo com um monopólio, uma placa de monopólio estatal em cima. O objetivo é tirar esse petróleo o mais rápido possível e transformar em educação, investimento, treinamento, tecnologia”, acrescentou.
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Ele atribuiu a alta de 6% nas ações da estatal a uma fala do presidente Jair Bolsonaro sobre um possível estudo da venda da participação da petrolífera, até que a União deixe de ser a controladora majoritária da empresa. Em sua campanha eleitoral, Bolsonaro disse que não privatizaria a companhia.
“Bastou o presidente falar ‘vamos estudar’, e o negócio [a ação da Petrobras] sai subindo e aparece R$ 100 bilhões. Não dá para dar R$ 30 bilhões para os mais frágeis num momento terrível como esse, se basta uma frase do presidente para aparecer R$ 100 bilhões, brotar no chão de repente. Por que nós não podemos pensar ousadamente a respeito disso?”, pontuou.
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