Os 27 governadores vão fazer uma reunião por videoconferência às 16 horas desta quarta-feira (25) para discutir a elaboração de uma nota conjunta contra o pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro que minimizou a crise do coronavírus. A informação foi confirmada ao Congresso em Foco pelo governador do Acre, Gladson Cameli (PP).
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Em pronunciamento em rádio e TV na noite de terça-feira (24), Bolsonaro minimizou o coronavírus e acusou governadores e imprensa de espalharem pânico na sociedade e provocarem prejuízos à economia.
Bolsonaro perdeu nesta quarta o apoio de um de seus principais aliados, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, e bateu boca com o governador João Doria (PSDB), de São Paulo.
A declaração dessa terça foi alvo de críticas por todo o país no meio político, instituições e a sociedade reagiu com panelaço, protestos que acontecem desde a semana passada.
A fala do presidente contrariou orientações de especialistas do mundo inteiro, do próprio Ministério da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, e da Organização Mundial de Saúde (OMS). Na última sexta-feira (20), foi decretado estado de calamidade pública.
As primeiras autoridades políticas de Brasília a se manifestarem foram o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e o vice-presidente da Casa, Antonio Anastasia (PSD-MG).
Eles disseram, em nota, que “não é momento de ataque à imprensa e a outros gestores públicos”. “Neste momento grave, o País precisa de uma liderança séria, responsável e comprometida com a vida e a saúde da sua população. Consideramos grave a posição externada pelo presidente da República hoje, em cadeia nacional, de ataque às medidas de contenção ao Covid-19. Posição que está na contramão das ações adotadas em outros países e sugeridas pela própria Organização Mundial da Saúde(OMS)”.
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