O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, anunciou nesta quarta-feira (17) em seu perfil do Twitter que, na celebração do dia da independência, o Exército não fará desfile, e o local da cerimônia será alterado. Ao invés da parada tradicionalmente realizada na avenida Presidente Vargas, a força terrestre utilizará um trecho da Avenida Atlântica próximo ao Forte de Copacabana.
O local já era desejado pelo presidente Jair Bolsonaro, que fará um comício na mesma rua. De acordo com o prefeito, a mudança de local veio a pedido do general André Luis Novaes Miranda, comandante do Comando Militar do Leste, com quem Paes afirma que pretende se reunir nos próximos dias para definir os detalhes. A Marinha e a Força Aérea também farão exibições aéreas e navais no litoral próximo ao bairro.
Além do apoio das forças armadas ser um dos braços principais do círculo de alianças de Bolsonaro, o Forte de Copacabana é um local de importância histórica para o Exército. O forte é considerado berço do movimento tenentista, facção das forças armadas que, há cem anos, ocupou o forte e utilizou seus canhões contra as principais instalações do governo exigindo o aumento da participação de militares na política. Lideranças tenentistas também coordenaram a revolução de 1930, que instaurou a Era Vargas, e o golpe militar de 1964.