Na tarde desta quinta-feira (7), a ministra do Esporte, Ana Moser, fez em suas redes sociais o seu primeiro pronunciamento desde que o governo anunciou oficialmente sua exoneração. Apesar de não deixar nem crítica e nem agradecimentos ao presidente Lula, ela avaliou que falta reconhecimento entre gestores públicos sobre o potencial social do esporte, e considera positivo o balanço de sua gestão na pasta.
“Para mim, o potencial social, educacional e comunitário do esporte ainda está para ser reconhecido e valorizado, especialmente pelos gestores públicos. Por isso a luta continua. Agradeço aos que estiveram comigo percorrendo este caminho curto e árduo”, disse a ministra, que na próxima semana será substituída pelo deputado André Fufuca (PP-AM) como parte do acordo para inclusão de quadros do PP no governo.
A exoneração de Ana Moser não foi uma ação repentina: desde julho o seu nome vem sendo amplamente discutido como uma possível substituição na reforma ministerial. Em sua fala, ela ressaltou os resultados dos meses em que comandou o Ministério. “Tivemos pouco tempo para mudar a realidade do esporte no Brasil, mas sei que entregamos muito, construímos muito e levamos a política do presidente Lula aos que tivemos contato de norte a sul deste país”, publicou.
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Ela também relembrou sua trajetória até a sua nomeação como ministra. “Construí minha vida inteira para chegar aqui. Como mulher lutei para conquistar espaços e no Ministério do Esporte trabalhei para transformar a realidade do esporte brasileiro. E continuarei lutando”, garantiu.
A atuação política de Ana Moser não começou no ministério. Desde 2001 que ela passou a participar ativamente de organizações sociais e comitês voltados ao uso do esporte como ferramenta de inclusão social. Em 2018, assumiu o cargo de conselheira do Conselho Nacional do Esporte, eleita como representante das entidades da sociedade civil.