Sem aviso, o presidente Jair Bolsonaro foi ao Supremo Tribunal Federal (STF) e entrou no Plenário da Corte durante a sessão desta quarta-feira (09). Recebido com surpresa, a chegada de Bolsonaro foi anunciada pelo ministro Alexandre de Moraes. Esta foi a última sessão presidida pelo ministro Dias Toffoli.
Na presença de Bolsonaro, Alexandre de Moraes ressaltou que o STF foi ameaçado assim como seus ministros, e pontuou que “a harmonia entre os três Poderes não significa que não deve existir independência entre eles”. Toffoli chamou Bolsonaro para se sentar ao lado dele, pois, não havia mais itens na pauta para serem julgados.
Bolsonaro disse que espera indicar um bom nome para ocupar a vaga do ministro Celso de Mello e também afirmou que Toffoli o atendeu com decisões “monocráticas” e, na maioria das vezes, o procurou para antever problemas.
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Bolsonaro disse que Toffoli muitas vezes o “surpreendeu”. Para o futuro presidente da Corte, ministro Luiz Fux, Bolsonaro disse que espera que “ele seja como os antecessores” e destacou que o governo está à disposição do STF.
O ministro Gilmar Mendes pediu a palavra e disse que os “Poderes se armaram” e que o mandato de Toffoli ocorreu em um contexto político especial ressaltando que o ministro “soube lidar com o problema e uniu a Corte.”
No seu último discurso como presidente do Supremo, Toffoli ressaltou a importância do diálogo entre os três poderes. “Não devemos temer o diálogo e sim a ausência dele, a quem interessa a ausência do diálogo?”, indagou.