O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) comentou na manhã desta quarta-feira (26) o envio de mensagens via WhatsApp convocando aliados a participarem de uma manifestação no dia 15 de março. O ato tem sido chamado como um protesto contra o Congresso Nacional. No tuíte, o presidente não negou o envio das mensagens.
Tenho 35Mi de seguidores em minhas mídias sociais, c/ notícias não divulgadas por parte da imprensa tradicional. No Whatsapp, algumas dezenas de amigos onde trocamos mensagens de cunho pessoal. Qualquer ilação fora desse contexto são tentativas rasteiras de tumultuar a República.
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) February 26, 2020
A atitude do presidente de apoiar manifestações contra o Legislativo foi rechaçada por diversas lideranças políticas desde que a informação veio à público, na noite de terça-feira (25).
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Além de congressistas, ex-presidentes e o ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal, condenaram a atitude do presidente.
Para o ministro, o ato de Bolsoanaro revela “a face sombria de um presidente da República que desconhece o valor da ordem constitucional, que ignora o sentido fundamental da separação de Poderes, que demonstra uma visão indigna de quem não está à altura do altíssimo cargo que exerce e cujo ato de inequívoca hostilidade aos demais Poderes da República traduz gesto de ominoso desapreço e de inaceitável degradação do princípio democrático!!!”. A manifestação foi feita por meio de um texto enviado ao jornal Folha de S. Paulo.
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