Especulada desde a conclusão do primeiro turno das eleições como uma ministra em potencial do governo Lula (PT), a senadora Simone Tebet (MDB-MS) ocupa hoje uma posição de destaque no gabinete de transição, compondo o grupo de trabalho para políticas de serviço social. Apesar do destaque tanto na campanha eleitoral quanto na transição, a parlamentar negou em entrevista à Globo News nesta quinta-feira (10) que tenha conversado com o presidente eleito sobre a ocupação de cargo ou ministério.
“Em nenhum momento, nem eu pedi ministério ou cargo, e muito menos me foi oferecido. Eu não conversei com o presidente Lula sobre isso, ele não sinalizou nada e eu vou continuar ajudando o governo naquilo que for possível, naquilo que acredito, naquilo que tiver consonância com o meu programa de governo”, declarou a senadora.
Simone Tebet conta que a escolha pelo grupo de desenvolvimento social não se deu por acaso: é o campo onde ela e Lula possuem pautas convergentes, com os dois defendendo a garantia do auxílio de R$ 600 e a municipalização do Cadastro Único. De acordo com ela, a condição para que ela apoiasse seu governo não seria a entrega de cargos, mas sim a adesão de suas pautas principais de sua candidatura.
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Na entrevista ao canal, a senadora também defendeu que é preciso remodelar o sistema de assistência social no Brasil. “A questão não é só financeira, não é só de onde sairá o recurso, se estará fora do teto, dentro do teto ou temporariamente fora do teto. Isso é muito importante, é óbvio”, disse a senadora, reforçando que a área foi desmontada durante o governo do presidente Bolsonaro.
“Nós temos que entregar uma política pública eficiente de renda básica permanente no Brasil, aquela que verdadeiramente encontre a família mais pobre, mais miserável do Brasil e acolha, garantindo que ela não passe fome, garantindo os R$ 150 a mais por criança, mas garantindo e cobrando as condicionantes”, disse Tebet.
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