Durante seu discurso em uma cerimônia realizada no Pará para celebrar a reforma fundiária, o presidente Jair Bolsonaro voltou a falar sobre a crise econômica na Venezuela. O antagonismo com o governo venezuelando foi uma das principais pautas de seu discurso eleitoral em 2018, quando constantemente afirmou que uma vitória de seu rival, o petista Fernando Haddad, faria o Brasil virar “uma nova Venezuela”.
A referência ao país vizinho se deu quando um dos participantes exibiu uma bandeira venezuelana. “Nós sabemos o que aquele povo sofre naquele país, que é o mais rico em reservas de petróleo do mundo, e sofrem por péssimas escolhas que fizeram no passado”, declarou ao ver a bandeira.
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Em seguida, reafirmou seu antagonismo ao governo da Venezuela. “Nós somos escravos das nossas escolhas. A nossa escolha é a bandeira verde-amarela”, afirmou. O presidente também direcionou sua fala ao povo venezuelano. “Peço a Deus que brevemente o suplício de vocês chegue ao fim”.
O criticismo à gestão do presidente venezuelano Nicolás Maduro foi um de seus motores na última campanha eleitoral, bem como declarações de que Haddad adotaria uma política econômica semelhante. No período em questão, a Venezuela passava pelo ápice de sua crise econômica, e o processo migratório de venezuelanos para o Brasil chegava ao seu auge.
Durante a campanha, Bolsonaro prestou em diversos momentos apoio ao autoproclamado presidente Juan Guaidó, concorrente de Nicolás Maduro. Seu vice, Hamilton Mourão, falou em entrevista que defendia a pressão diplomática sobre o vizinho durante as eleições, e uma eventual participação do Brasil em uma missão de paz da Organização das Nações Unidas na Venezuela.
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