Convidado a falar em um dos painéis do Fórum Econômico Mundial, que começa nesta terça-feira (22) em Davos, na Suíça, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, estará em uma mesa-redonda sobre crime organizado internacional.
No mesmo debate – marcado para a quinta (24) – também estará outra representante do Brasil: Ilona Szabó de Carvalho, diretora e co-fundadora do Instituto Igarapé. Criado em 2011, o Igarapé é um think tank especializado em segurança pública e questões relacionadas.
Desde o início do ano, Ilona tem aparecido com frequência em veículos de comunicação para se posicionar contra o novo decreto de facilitação da posse de armas, assinado na semana passada pelo presidente Jair Bolsonaro e elaborado pela equipe de Moro no ministério.
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O decreto passa a considerar, basicamente, que todos os brasileiros aptos (que tenham mais de 25 anos, passem pelos testes e não tenham antecedentes criminais) têm “efetiva necessidade” de uma arma de fogo, e passam a ter o direito de adquirir uma.
Autora de dois livros sobre segurança pública, Ilona coordenou, por 5 anos, a Comissão Global de Políticas sobre Drogas, um fórum fundado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e outros líderes mundiais que defendem reformulação nas políticas de enfrentamento às drogas. Ilona afirmou no Twitter, no final da semana passada, que “todos nós queremos viver em um país mais seguro, mas essa segurança não virá com um maior armamento de civis”.
No debate em Davos, os dois dividirão a mesa com Jürgen Stock, secretário-geral da Interpol, e Karin von Hippel, diretora do RUSI, um centro de estudos de segurança pública do Reino Unido fundado em 1831.
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