Desde o início da pandemia, vacinas foram e permanecem como um tema de destaque nos discursos do presidente Jair Bolsonaro. Sua fala variou ao longo dos meses: inicialmente se manifestava contra a aquisição dos imunizantes, mais tarde contra sua obrigatoriedade. Quando ficou claro que a vacina chegou para ficar no Brasil, a oposição passou a ser a pontos menos gerais e mais específicos: passou-se a atacar o passaporte vacinal, as restrições de acesso em locais públicos sem as vacinas e, por fim, a sua aplicação em crianças.
Confira a seguir alguns dos principais momentos em que Bolsonaro atacou a vacinação contra a covid-19 em 2021:
Tão constantes quanto os ataques às vacinas em 2021 estavam as contradições ao seu discurso: em diversos momentos Bolsonaro atacou a eficácia das vacinas para tentar justificar a falta do uso, alegando que não eram capazes de fornecer a proteção prometida. Ao mesmo tempo, reafirmou a sua eficácia, afirmando que pessoas vacinadas estavam protegidas e não precisavam se preocupar com aqueles que as recusam.
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Os ataques ao uso das vacinas já receberam fama internacional, em especial durante a visita de Bolsonaro a Nova York para participar da Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas. Na oportunidade, o primeiro-ministro britânico Boris Johnson chegou a reafirmar a importância da vacinação ao encontrar com o presidente, que respondeu já estar imunizado por ter adquirido a doença.
PublicidadeEm seu mais recente episódio de ataques à vacinação contra a Covid-19, Bolsonaro pôs em risco a vida de servidores da Agência Nacional de Segurança Sanitária (Anvisa), que autorizou a aplicação dos imunizantes em crianças de cinco a onze anos. Em resposta, o presidente chamou de “inacreditável” a posição da agência, e solicitou que fossem divulgados os nomes dos pesquisadores envolvidos. Desde então, a Anvisa acumula mensagens, e-mails e telefonemas com ameaças de morte aos seus servidores.
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