Cotado para o Ministério da Saúde, o youtuber e médico Ítalo Marsili associou a instituição do voto feminino a uma “crise na regência do estado”. No Brasil, as mulheres votam desde 1932.
“Na democracia grega, que foi a única do mundo que funcionou, não estava previsto o voto feminino. Quando o voto passa a ser pleno, ou seja, mulheres, todo mundo pode votar, não só os responsáveis, os comprometidos, a gente vê que tem uma crise na regência do estado. Porque é óbvio, é muito fácil convencer mulher de votar, é só seduzi-la”, afirmou Marsili.
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“Quando as mulheres têm direito ao voto, a campanha publicitária eleitoral fica muito fácil de ser feita, é só fazer campanha sedutora. É assim que se ganha eleição. Metade das pessoas votando é mulher. O Collor foi eleito porque era bonitão”, disse.
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Quando Ítalo Marsili encontra Brasil Paralelo para falar de Platão, democracia grega e participação das mulheres — sufrágio universal feminino — nas democracias modernas o resultado é esta montanha estrume. pic.twitter.com/Cei27EixaQ
Publicidade— Francisco Razzo (@franciscorazzo) May 16, 2020
No fim de semana, os grupos bolsonaristas mais ligados a Olavo de Carvalho passaram a defender o nome de Marsili no Ministério da saúde. No domingo, ele já falava abertamente sobre as sondagens em suas redes sociais e fazia planos para sua gestão à frente da pasta. Ele disse que recebeu telefonemas de apoio de ministros, ex-ministros e generais.
Marsili disse ainda que estaria em Brasília na segunda (18) e terça (19) para ter conversas sobre a eventual nomeação.
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