O presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes, deve ser ouvido pela comissão mista do Congresso Nacional que acompanha a execução orçamentária das medidas de combate à covid-19. Na última sexta (24), Novaes surpreendeu ao anunciar que deixará o banco público. Ele estava no cargo desde o início do governo Bolsonaro. Sua exoneração definitiva só deverá ocorrer em agosto e ainda não foi anunciado substituto para o cargo.
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O requerimento de convite (veja a íntegra) foi apresentado pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e aprovado pela comissão mista em reunião nesta quinta-feira (30). O senador argumentou que é necessário esclarecer as razões que levaram Novaes a apresentar sua carta de demissão. Oficialmente, foi dito que sua saída ocorre por entender que a companhia precisa de renovação. No entanto, em entrevista à CNN Brasil, Novaes afirmou que decidiu deixar o cargo por “não se adaptar à cultura de privilégios, compadrio e corrupção de Brasília”.
“O Banco do Brasil é uma instituição essencial para os brasileiros. E todos os acontecimentos em torno de sua gestão devem ser devidamente acompanhados pelo Congresso”, considerou o autor do requerimento. Não foi definida data para a realização da audiência.
Senadores da oposição querem que Novaes esclareça outros pontos de sua gestão. Recentemente, o Banco do Brasil foi impedido de anunciar em sites bolsonaristas apontados como propagadores de notícias falsas. O recuo foi criticado pelo vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ).
PublicidadeRubem Novaes quer sair à francesa, mas tem muito o que explicar sobre sua gestão no Banco do Brasil. Amigo de Paulo Guedes, ele financiou blogs bolsonaristas e vendeu, sem leilão, uma carteira bilionária ao BTG, banco privado fundado por Guedes. pic.twitter.com/eciAdnMXoM
— Rogério Carvalho 🇧🇷🏴 (@SenadorRogerio) July 28, 2020
Outra polêmica envolvendo Novaes refere-se à venda de carteira ao banco privado. Partidos políticos e sindicatos apontam que a instituição privada se beneficiou da operação, dado que a venda teria ocorrido por um valor muito inferior. O Banco nega irregularidades.
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