O documentário “Arquitetura da Destruição”, dirigido em 1989 pelo sueco Peter Cohem, é um precioso auxílio para compreender como o nazismo de Adolf Hitler criou em torno de si uma estética para ajudar na identificação de seus ideais. Roupas, uniformes, bandeiras, símbolos, logotipos, automóveis (como Fuscas e Mercedes), construções, estátuas, filmes. Em tudo havia um sofisticado conjunto de imagens subliminares a reforçar os conceitos nazistas de raça superior, nação supostamente destinada à supremacia sobre os demais povos, o desprezo aos demais, intolerância, o cultivo do ódio.
Certamente relacionada ao esforço de se definir como superior aos demais povos, a estética nazista procurava ser sofisticada, ainda que extremamente presunçosa e afetada.
Bem distinta da estética da nova direita que ascende em alguns lugares do mundo, incluindo o nosso Brasil. No caso, há um claro apuro em parecer tosco, o minimamente sofisticado possível. Por isso, as fotos do presidente Jair Bolsonaro perfilado ao lado de ministros de chinelos e camisa pirata do Palmeiras. Os ternos de corte mal ajambrado de Donald Trump. O cabelo cuidadosamente despenteado de Boris Johnson.
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