Dos 20 governadores que tomam posse nesta terça-feira (1º), 10 vão para o segundo mandato consecutivo. O índice de reeleição em 2018 foi inferior ao de 2014, quando 11 dos 18 concorrentes obtiveram êxito. O insucesso se deve em grande parte aos problemas financeiros dos estados, onde a tônica tem sido a ruína dos serviços públicos, greves e dificuldades para pagar servidores.
Mas também contou muito o desejo de renovação. Elegeram-se associando seus nomes ao de Bolsonaro 14 governadores: sete eram estreantes na política (Rio de Janeiro, Minas Gerais, Distrito Federal, Santa Catarina, Amazonas, Rondônia e Roraima). A oposição ficará à frente de dez estados (Espírito Santo e todos do Nordeste); três governadores são independentes (Pará, Tocantins e Amapá).
O poder nos estados ficou mais dividido e 13 partidos estarão no comando de governos estaduais. Em 2010, seis partidos elegeram governadores. Em 2014, oito. Entre os eleitos, três são do PSL de Jair Bolsonaro. A única mulher governadora será Fátima Bezerra (PT-RN).
Marinheiros de primeira viagem
Entre os marinheiros de primeira viagem na política estão dois militares: o Coronel Marcos Rocha (PSL-RO) e o Comandante Moisés (PSL-SC). Há dois empresários: Romeu Zema, que, após uma arrancada surpreendente, se tornou o primeiro governador da história do Novo, e Antonio Denarium (PSL-RR). Também ocupará um cargo público pela primeira vez o apresentador de TV Wilson Lima (PSC-AM).
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Os outros dois calouros vêm do meio jurídico: o ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no Distrito Federal Ibaneis Rocha (MDB-DF) e o ex-juiz Wilson Witzel (PSC-RJ). Com discurso linha dura, Witzel foi, ao lado de Zema, a maior surpresa da eleição para governador. Sem qualquer experiência política, deixou para trás o ex-prefeito do Rio Eduardo Paes (DEM), entre outros nomes.
Veja abaixo quem são os novos governadores e a distribuição dos estados conforme os partidos:
Arte: João Paulo Maciel
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