Com o acirramento das tensões devido a protestos contra e pró-governo no domingo (31), o presidente Jair Bolsonaro recomendou a apoiadores que não se manifestem no próximo fim de semana. Estão previstos para o próximo domingo (7) protestos em todo o Brasil contra o governo.
“Estão marcando um movimento, né? Deixa eles sozinhos do domingo, tá bom? Deixa eles sozinhos”, disse Bolsonaro nesta segunda-feira (1º) a apoiadores no Palácio da Alvorada. A conversa, de dentro do Palácio, foi transmitida pelo Facebook do presidente. Bolsonaro não falou com a imprensa.
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Ontem, além do ato que ocorre todo domingo na Esplanada dos Ministérios com a participação do presidente, também foram realizados protestos pró-democracia e antifascistas em São Paulo, convocados por torcidas organizadas de times de futebol. O ato na Avenida Paulista resultou em confronto entre a tropa de choque da Polícia Militar e manifestantes. Bombas de gás lacrimogêneo foram arremessadas pelos policiais. Torcedores arremessam objetos contra os PMs. Houve troca de ofensas entre o grupo contra e o grupo pró-governo.
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Bolsonaro disse ainda aos apoiadores que não é responsável pelos atos. “Eu não coordeno nada, não sou dono de grupo. Não participo de nada. Eu só vou prestigiar vocês que estão me apoiando. Vocês fazem um movimento limpo, decente, pela democracia, pela lei e pela ordem. Eu apenas compareço. Não conheço praticamente ninguém desses grupos”, disse.
Na conversa, Bolsonaro também voltou a defender o afrouxamento do controle de armas para a população e criticou o ex-ministro Sergio Moro por ter, segundo ele, dificultado o porte e a posse de armas de fogo. Segundo ele, o ex-ministro estava alinhado a outra ideologia. “Uma arma legal não é para cometer crime, é para evitar crime”, afirmou o presidente.
PublicidadeFrente democrática
O acirramento das tensões políticas e institucionais fortaleceu a ideia de criação de uma ampla frente democrática. Deputados de vários partidos, de diferentes espectros ideológicos, defendem a necessidade de se deixarem de lado as diferenças políticas e de todos se unirem para evitar a implantação de uma ditadura no país, uma ameaça que eles cada vez mais enxergam nos atos do presidente Jair Bolsonaro e seus aliados.
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