Após o empresário Josué Gomes declinar o convite para compor chapa com Geraldo Alckmin (PSDB), parte do grupo de partidos conhecido como “centrão” já indica que não aceitará um nome do DEM para a candidatura à vice-presidência ao lado do tucano. Josué era tido como único consenso do grupo, que anunciará na manhã de hoje (quinta, 26) o apoio formal a Alckmin.
De acordo com o jornal O Globo, o grupo que não quer ver o aliado histórico do tucanato indicando um nome à chapa presidencial considera que o DEM já tem muito poder na aliança. O entendimento também leva em consideração, segundo a reportagem do jornal, a provável manutenção de Rodrigo Maia (DEM-RJ) na presidência da Câmara dos Deputados em 2019, caso eleito.
Os nomes cotados são o do deputado Mendonça Filho (DEM-PE), o ex-ministro Aldo Rebelo, filiado ao Solidariedade, ou o deputado Ricardo Barros (PR) do PP. A aliança do centrão é formada por DEM, PP, PR, Solidariedade e PRB, os principais partidos que sustentaram Eduardo Cunha (MDB-RJ) na presidência da Câmara antes de sua cassação.
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“Só acho que o vice não pode ser do DEM, porque aí seria muita coisa”, disse o presidente do PRB, Marcos Pereira ontem (quarta, 25). Josué, único ponto em que todos os partidos concordavam, azedou os planos com a recusa. “Se não for o Josué, não define vice agora” afirmou o senador Ciro Nogueira (PI), presidente do PP.
Às 10h de hoje, os representantes do “centrão” anunciam oficialmente o apoio a Alckmin em um hotel de Brasília. O apoio, entretanto, já é certo desde a semana passada. Antes, parte do grupo ainda flertava com a possibilidade de apoiar Ciro Gomes (PDT).