O vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (PSC) acordou sem suas redes sociais nesta terça-feira (12). Tanto sua página no Twitter, quanto no Facebook e no Instagram foram excluídas do ar. O Congresso em Foco apurou com as próprias redes e aliados próximos de Carlos que ele mesmo tomou a decisão e que não houve qualquer interferência por parte das empresas.
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Um desses assessores afirmou que Carlos saiu para evitar atritos durante o processo de criação do novo partido do pai, que deve ser confirmado hoje por Bolsonaro. “Carlos saiu para dar uma relaxada, porque o ambiente está muito nervoso e para não causar problemas para a criação do novo partido. Ele não comentou quando voltará”, disse.
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Segundo esse interlocutor, não houve qualquer pedido por parte do presidente para o afastamento do vereador carioca. Carlos, ressaltou essa fonte, continuará no PSC e não migrará para a nova legenda do pai.
Outro interlocutor vê no gesto do filho de Bolsonaro uma tentativa de se afastar do foco da CPI das Fake News. “Também é possível que tenha havido um desentendimento com o pai e ele queira chamar a atenção com uma espécie de chantagem emocional”, afirmou. O vereador ainda não se manifestou sobre o assunto.
Suspensão
No Twitter, é possível desativar o perfil por 30 dias, sem perder as publicações. Já no Facebook e Instagram, o usuário consegue suspender as contas por tempo indeterminado.
Carlos Bolsonaro é um usuário intenso de redes sociais. No ano passado, durante as eleições presidenciais, ele comandou as contas do seu pai, que conseguiu uma votação expressiva no primeiro turno sem tempo de televisão.
Após as eleições, Carlos continuou com acesso às redes do pai, provocando controvérsias em alguns momentos. Entre elas a publicação de uma mensagem a favor da prisão em segunda instância, na época em que o Supremo Tribunal Federal (STF) estava julgando o tema.
Além das redes do pai, o vereador carioca também tem contas nessas plataformas e as utiliza com frequência. No Twitter, o 02 já discutiu com parlamentares do PSL, atacou o vice-presidente, general Hamilton Mourão, ajudou a derrubar um ministro e criticou a velocidade das mudanças em um regime democrático.