À frente de países como Austrália, Noruega, Canadá e dos EUA, o Brasil foi eleito pelo ranking do Banco Mundial como o 7º país líder em transformação digital do serviço público. A informação está presente no ranking GovTech Maturity Index 2020, que pesquisou e avaliou quesitos de transformação do serviço público em 198 países.
Porém, ao comentar o excelente lugar assegurado pelo País, o Ministério da Economia, responsável pela digitalização da administração pública, não citou as empresas públicas brasileiras que são responsáveis pela implementação de todos os sistemas, a Dataprev e o Serpro.
As duas empresas são responsáveis pelo desenvolvimento e implementação de plataformas como o Gov.br, o programa de preenchimento e envio da Declaração do Imposto de Renda, o Auxílio Emergencial, Meu INSS, dentre centenas de outros programas e aplicativos públicos e gratuitos para que brasileiros exerçam sua cidadania.
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Ainda há gargalos importantes no acesso a esses programas, causados também pela administração federal, como a falta de acesso à internet em todas as regiões do País e o chamado “analfabetismo digital”, do qual muitos cidadãos brasileiros padecem.
Essa omissão do Ministério da Economia se mostra providencial já que as duas empresas estão em uma lista de desestatizações pretendidas pelo governo federal. Mesmo sem estudos aprofundados e com pareceres contrários à privatização de entidades como o Ministério Público Federal e entregando resultados tão expressivos quanto os dessa matéria.
De acordo com um funcionário da Dataprev, a empresa pública só passou a ser conhecida nacionalmente durante a pandemia, com a criação do Auxílio Emergencial, “O programa de Auxílio Emergencial era uma necessidade urgente para milhões de brasileiros. Trabalhamos com muito comprometimento para que as pessoas que mais precisavam conseguissem obter o benefício o mais rápido possível”.
No mesmo sentido, um funcionário do Serpro complementa: “O papel do Serpro e da Dataprev é dar suporte ao desenvolvimento do Brasil e garantir cidadania aos brasileiros. Estamos voltados às necessidades tecnológicas do País que possam melhorar a vida de todos”.
Serpro e Dataprev têm mantido o Brasil no mesmo pelotão dos líderes mundiais de tecnologia da informação e a divulgação desse ranking comprova isso. As digitalizações têm ajudado o Estado a reduzir custos e a se aproximar mais dos cidadãos, e foram ainda mais imprescindíveis durante uma pandemia cujo vírus se espalha pelo ar.