O ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, afirmou que o presidente Jair Bolsonaro (PL) não terá mais votos que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na região Nordeste. Mas, segundo ele, Bolsonaro ainda conseguirá a reeleição. Em entrevista ao programa “Conversa com Bial”, na madrugada desta quinta-feira (17), o ministro avaliou que Lula “ganha no Nordeste”, mas perder no resto do país. Para Nogueira, o atual presidente deverá ganhar em primeiro turno.
“O presidente Bolsonaro vai ganhar a eleição no Nordeste? Não. Não vai ganhar no Nordeste. Mas ter uma votação muito maior do que a que ele teve na eleição passada. (…) Em algumas regiões vamos superar, mas no geral o Lula ganha no Nordeste, mas vai perder no resto do país de uma forma muito significativa. Por isso que vamos chegar na eleição fazendo as contas se o Bolsonaro vai ganhar no primeiro turno”, aposta.
O ministro também aposta no crescimento de Jair Bolsonaro nas intenções de voto. Segundo ele, em meados de maio, o atual presidente empatará com Lula nas pesquisas.
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“Eu tenho uma previsão: muita gente acha que daqui dois meses o presidente já vai estar em empate com Lula. Nas convenções, já vai estar na frente. Mais perto da eleição, vamos fazer as contas para ver se ganha no primeiro turno. Minha previsão é essa, pelas pesquisas que temos em mãos.”, disse.
As últimas pesquisas eleitorais mostram Lula com 44% das intenções de voto, enquanto Jair Bolsonaro aparece com 26%.
Ciro, que já integrou chapas de apoio ao PT antes, diz que o petista é um candidato “aprisionado”. Isso porque a ex-presidente Dilma Rousseff “atrapalha” sua campanha.
“O Lula que está vindo não é o de 2002, é o de 1989. Um Lula que saiu da prisão mas foi aprisionado pelo PT. Ele está aprisionado, com medo de que as pessoas vejam quem está do lado dele, a Dilma, a Gleisi. Esse é o problema, o Lula não pode fazer campanha.”, afirmou.
Histórico Petista
Ciro Nogueira é presidente do PP e visto como líder do centrão. Em 2018, elegeu-se com a imagem do ex-presidente Lula, apoio ao PT no Piauí, estado ao qual pertencente, e críticas a Bolsonaro. Em entrevista à TV Meio Norte, o senador chegou a chamar o atual presidente de “fascista” e “preconceituoso”.
Antes, apoiou todos os governos desde que chegou à Brasília pela primeira vez como deputado-federal do PFL em 1995. Esteve na base de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), Lula (PT), Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (MDB).
Em 2018, foi eleito senador declarando apoio ao ex-presidente Lula e com o aval do governador do seu estado, Piauí, Wellington Dias. Dois anos depois, o senador aproximou-se de Jair Bolsonaro e decidiu romper com o partido que apoiara nas eleições, isto é, o PT. Ele foi nomeado ministro da Casa Civil em julho de 2021.
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