O presidente Jair Bolsonaro reuniu-se na manhã desta quarta-feira (20) com os deputados do Centrão Paulinho da Força (SP), presidente nacional do Solidariedade, e Elmar Nascimento (BA), líder do DEM.
>Centrão se rebela, cobra emendas e barra votações na Câmara
Os dois deputados foram convidados de última hora pelo ministro da Secretaria de Governo, general Luiz Eduardo Ramos, para uma reunião já prevista com o líder do governo na Câmara dos Deputados, Major Vítor Hugo (PSL-GO), os deputados Vinicius Carvalho (PRB-SP), Cláudio Cajado (PP-BA), Coronel Armando (PSL-RJ) e os senadores Arolde Oliveira (PSD-RJ) e Lucas Barreto (PSD-AP).
O encontro aconteceu em meio à insatisfação generalizada de deputados com a demora do Palácio do Planalto em cumprir a promessa de emendas para as bases parlamentares e a ameaça de paralisar medidas do governo na Câmara.
De acordo com um dos presentes no almoço com Bolsonaro, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), não vota mais nenhum projeto do governo enquanto as emendas não forem pagas.
Leia também
Deputados alegam que o governo não cumpriu sua parte no acordo que garantiu a aprovação de um projeto que remanejou R$ 3 bilhões do orçamento de 2019, favorecendo principalmente os ministérios da Saúde, da Defesa, do Desenvolvimento Regional e da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Antes, os recursos seriam destinados à Seguridade Social e à Educação.
PublicidadePresentes no encontro relataram uma evolução de Jair Bolsonaro em relação ao início do ano e declararam que “ele está mais politizado”.
No almoço, Bolsonaro prometeu que vai falar com o ministro da Economia, Paulo Guedes, para discutir o assunto, mas destacou a dificuldade de abrir espaço no orçamento federal para cumprir o compromisso firmado com os congressistas.
O presidente também pediu que o Poder Legislativo tome medidas para flexibilizar a fiscalização ambiental do Ibama para a construção de obras de infraestrutura.
Além das emendas, outra demanda dos deputados foi o apoio do governo a projeto que regulamenta jogos de azar, como cassinos.
> Governo corre contra o tempo para salvar o novo Mais Médicos