Durante um evento no Palácio da Alvorada, na manhã desta quarta-feira (13), o presidente Jair Bolsonaro (PL) comentou as compras realizadas pelas Forças Armadas e o depoimento de Jair Renan Bolsonaro, o filho zero quatro, à Polícia Federal (PF).
Acompanhado por ministros, parlamentares e pastores evangélicos, Bolsonaro criticou a cobertura da imprensa sobre a compra de 35 mil comprimidos de citrato de sildenafila — conhecido popularmente como Viagra — pelas Forças Armadas. O uso mais conhecido do medicamente é para tratar a disfunção erétil masculina.
“As Forças Armadas compram o Viagra para combater a hipertensão arterial e, também, as doenças reumatológicas. Foram trinta e poucos mil comprimidos para o Exército, 10 mil para a Marinha e eu não peguei da Aeronáutica, mas deve fazer o valor de 50 mil comprimidos. Com todo o respeito, isso é nada”, afirmou.
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Segundo a Pfizer, fabricante do medicamento, a Hipertensão Arterial Pulmonar (HAP) é uma doença rara, e mais comum em mulheres entre 20 e 40 anos. Apesar do Viagra poder ser utilizado para o tratamento, especialistas apontam que a dosagem do citrato de sildenafila comprada (25 e 50 mg) não é a mais adequada, sendo o comprimido de 20mg o mais recomendado.
Sobre o filho Jair Renan, investigado por suspeita de lavagem de dinheiro e tráfico de influência, o presidente ressaltou que “há muito tempo está longe de mim” e que o jovem “tem a vida dele”. O filho zero quatro prestou depoimento à PF na semana passada. Ele é alvo de investigação por tráfico de influência.
“O moleque tem 24 anos agora, acho que ninguém conhece ele. Vive com a mãe. Há muito tempo está longe de mim, mas recebo ele de vez em quando aqui. Tem a vida dele, não vou dizer está certo ou se está errado, mas peço a Deus que o proteja”, disse.
PublicidadeJair Renan teria utilizado a empresa “Bolsonaro Jr Eventos e Mídia” para aproximar empresários do ramo da mineração e construção do ex-ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho. Em contrapartida, o filho do presidente teria recebido de presente um carro elétrico avaliado em R$ 90 mil dos sócios do grupo empresarial Gramazini Granitos e Mármores Thomazini.