O presidente Jair Bolsonaro pediu pediu, nesta quarta-feira (26), “punição severa” ao militar brasileiro preso em Sevilha, na Espanha, transportando 39 quilos de cocaína em avião da Força Aérea Brasileira (FAB) integrado à comitiva presidencial. Em mensagem publicada no Twitter, Bolsonaro negou qualquer relação do episódio, que classificou como desrespeitoso ao país, com sua equipe.
Apesar de não ter relação com minha equipe, o episódio de ontem, ocorrido na Espanha, é inaceitável. Exigi investigação imediata e punição severa ao responsável pelo material entorpecente encontrado no avião da FAB. Não toleraremos tamanho desrespeito ao nosso país!
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) June 26, 2019
No início da tarde, o presidente em exercício, Hamilton Mourão, explicou que o militar estava em aeronave que decolou antes do avião do presidente. Mourão explicou que, em viagens presidenciais internacionais, uma aeronave decola antes do avião presidencial para checar a segurança do trajeto. E era nesta avião, chamado de voo da bomba, que o militar estava. “Quando tem essas viagens, vai uma tripulação que fica no meio do caminho. Então, quando o presidente voltasse agora do Japão, essa tripulação iria embarcar no avião dele. Seria Sevilha — Brasil”, disse Mourão.
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O episódio levou a oposição a articular a convocação do ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno. Deputados e senadores oposicionistas querem que ele preste explicações sobre o transporte do carregamento de droga em avião da FAB.
De acordo com Mourão, o militar não estava no avião presidencial quando foi preso. Ainda segundo o vice-presidente, o suspeito era “sargento taifeiro”, função equivalente à de um comissário de voo, e, devido à apreensão de drogas, estava trabalhando como uma “mula qualificada”.
Bolsonaro viaja para encontro do G20, que reúne as maiores economias do mundo, no Japão. Mais cedo ele fez escala em Portugal.
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Há que não se confiar em coisa alguma do que herdou-se de outros governos.
Generais tem de dar uma geral na segurança do eleito.
Jamais isto poderia ter ocorrido.