O presidente Jair Bolsonaro discursa na abertura na 76ª Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) nesta terça (21). Bolsonaro é o único dos chefes de nação que participam do encontro a não ter se vacinado contra a covid-19. Tradicionalmente, a Assembleia é iniciada com a fala do representante do Brasil. Neste ano, a expectativa em torno do discurso de Bolsonaro gira tanto em relação ao anúncio de medidas de combate à pandemia quanto em relação às políticas de meio ambiente, consideradas estratégicas para manutenção do relacionamento comercial com os Estados Unidos.
O discurso está previsto para às 10h e o Congresso em Foco fará a transmissão ao vivo.
Esta é a terceira vez que Bolsonaro se pronuncia na Assembleia da ONU, que ocorre anualmente. Nas ocasiões anteriores o presidente brasileiro utilizou o espaço para defender pautas caras a um público mais conservador. Na última delas, as falas de Bolsonaro recaíram sobre os desmatamento e incêndios na Amazônia.
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Estadia polêmica
A estadia do presidente em Nova York tem sido marcada por polêmicas. Sem vacina, Bolsonaro não está autorizado a entrar em grande parte dos estabelecimentos da cidade, onde se exige comprovante de imunização. Além disso, a comitiva brasileira lida com manifestantes, tanto de brasileiros quanto de estrangeiros, que protestam contra seu governo. Na noite da segunda (20), o ministro da saúde Marcelo Queiroga fez gestos obscenos para um grupo que protestava contra o governo.
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Em conversa com o primeiro-ministro britânico Boris Johnson, o presidente brasileiro afirmou já estar imune por ter contraído a doença. O premiê destacou ter recebido as duas doses da vacina produzida pelo laboratório AstraZeneca, desenvolvida em parceria com a Fiocruz e amplamente distribuída no Brasil. Em resposta, Bolsonaro
Bolsonaro também chamou a atenção do prefeito de Nova York, Bill de Blasio, que hostilizou a postura dele quanto à vacinação. Além de considerar a vacinação contra a covid-19 um dever de todos e de destacar a importância dos protocolos de segurança sanitária, o prefeito indicou ao presidente os locais onde poderia receber a vacina gratuitamente.
> Marcelo Queiroga faz gestos obscenos para manifestantes em Nova York