O vice-presidente da Câmara dos Deputados, Marcelo Ramos (PL-AM), respondeu, neste domingo (18), às acusações do presidente Jair Bolsonaro de que ele seria o responsável pela aprovação do fundo eleitoral de R$ 5,7 bilhões para 2022, previsto dentro da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Para Ramos, o presidente irá fugir de assumir capital político pelo texto da LDO.
“Ele deveria é dizer que vai vetar, mas vai tentar arrumar alguém para responsabilizar também”, disse o parlamentar ao Congresso em Foco, “porque é típico dele e dos filhos correr das suas responsabilidades e obrigações.”
Ramos ainda disse que, se depender do presidente da República, “ele [Bolsonaro] não é responsável por nenhuma das mais de 530 mil pessoas mortas na pandemia, nem por 15 milhões de desempregados, nem por 19 milhões de brasileiros com fome e nem mesmo pela escandalosa tentativa de roubo na compra de vacinas.”
Em um vídeo, Ramos diz estar no interior do Amazonas e chamou os comentários presidenciais de “palavras ao vento”: “Ainda vale a pena lembrar que eu não voto na matéria porque eu presidi a sessão. Quem votou a favor foram os filhos dele, tanto na Câmara quanto no Senado”, rebateu. “Essas palavras ao vento não vão transferir responsabilidades. Assuma as suas.”
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O comentário veio como resposta à fala de Bolsonaro, dada na porta do hospital Vila Nova Star, onde teve alta na manhã deste domingo. O presidente se mostrou contrário à proposta, mas disse que sua base apoiou a aprovação do texto pelo fato de a LDO ser mais importante que este destaque.
Bolsonaro evitou dizer se vetará o texto, mas disse que seguirá o sua consciência e a economia para “dar um bom final pra isso tudo daí.”
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