O presidente Jair Bolsonaro demitiu o delegado Maurício Valeixo do cargo de diretor-geral da Polícia Federal. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União desta sexta-feira (24), mas sem a escolha do substituto.
A mudança na PF estava sendo considerada desde o início do segundo semestre de 2019 e chegou a ser vocalizada mais de uma vez por Bolsonaro em entrevistas coletivas.
Aliados dizem que o ministro Sergio Moro pode sair do comando do Ministério da Justiça e Segurança Pública caso não participe da escolha do sucessor de Valeixo. Como o Congresso em Foco apontou em reportagem publicada na noite de quinta-feira (23), militares do Palácio do Planalto buscam uma solução negociada para a permanência do ministro.
Sergio Moro vai fazer um pronunciamento nesta sexta-feira. De acordo com a assessoria do ministro, o evento está programado para às 11 horas e será na sede do Ministério.
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PublicidadeAssessores palacianos disseram nesta manhã ao Congresso em Foco que ainda não há definição oficial sobre o novo comando da PF nem sobre a permanência ou não de Moro no governo. As conversas sobre o tema no Palácio do Planalto devem tomar boa parte desta sexta-feira.
Os três mais cotados para comandar a Polícia Federal são o diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem, o diretor do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), Fabiano Bordignon, e o secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres.
Torres e Ramagem são próximos de Bolsonaro, já Bordignon é aliado de Moro.
Aliados veem como remotas chances de Moro ficar no governo
Sergio Moro deve anunciar nesta sexta-feira que vai sair do comando do Ministério da Justiça e Segurança Pública. Dois senadores próximos de Moro e que têm contato frequente com o ministro ouvidos pelo Congresso em Foco avaliam como remotas as chances dele ficar no governo após o presidente Jair Bolsonaro demitir Maurício Valeixo da direção-geral da Polícia Federal.
A decisão deve ser anunciada no pronunciamento marcado opara para as 11 horas desta sexta. O nome apontado como preferido de Bolsonaro para ocupar o cargo caso a saída realmente aconteça é o do atual ministro da Secretaria Geral, Jorge Oliveira.
O ministro da Controladoria Geral da União, Wagner Rosário, foi nesta manhã ao encontro de Moro para tentar convencê-lo a ficar no cargo.
Veja a íntegra da página do Diário Oficial na qual foi informada a mudança no comando da PF. Diferente do que está apontado a demissão de Valeixo não foi a pedido, mas sim uma decisão tomada por Bolsonaro.
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