A semana que se inicia nesta segunda-feira (19) é a primeira de duas onde predomina o recesso parlamentar no Legislativo, que se soma ao recesso do Judiciário desde o início deste mês de julho.
Com isso, maiores ações são esperadas do poder Executivo. Depois de internado desde a última quarta-feira (14) para tratar de uma obstrução intestinal, o presidente Jair Bolsonaro recebeu alta no domingo (18).
Ele informou que irá retomar seu trabalho normalmente, embora acompanhado por equipe médica. Na sua agenda para esta segunda- feira (19), no entanto, não há nenhum compromisso marcado.
Já o vice-presidente Hamilton Mourão voltou da viagem a Angola no domingo (18). Durante o período em que o presidente esteve internado, primeiro no Hospital das Forças Armadas (HFA), em Brasília, e depois no Hospital Vila Nova Star, em São Paulo, Mourão participou no país africano de uma cúpula de países lusófonos.
Na mão do presidente e de sua equipe estará a sanção ou veto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2022, texto, cujo teor já garante dor de cabeça a ambos os lados. O Congresso aprovou um aumento que quase triplicou o fundo eleitoral, passando de R$ 2 bilhões para R$ 5,7 bilhões.
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Deputados da base governista reclamaram do aumento – mesmo após terem votado sim à proposta – e mesmo o novo decano do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, disse que já alertou sobre o risco desta medida.
Agora o texto seguirá para a mesa de Bolsonaro, abrindo prazo de 15 dias para que ele se manifeste. Na saída do hospital, Bolsonaro criticou o fundão eleitoral, mas disse que analisará a questão da LDO seguindo “sua consciência e a economia”. Bolsonaro chegou a acusar o vice-presidente da Câmara, Marcelo Ramos (PL-AM) pela aprovação do fundo.
> Bolsonaro deveria dizer que irá vetar fundão, diz Marcelo Ramos