O presidente Jair Bolsonaro confirmou, nesta sexta-feira (9), que pretende transferir o Conselho de Atividades Financeiras (Coaf) do Ministério da Economia para o Banco Central. A estrutura tem previsão de um quadro efetivo e pode mudar de nome. Segundo Bolsonaro, a medida serviria para livrar o órgão do “jogo político”.
“O que pretendemos é tirar o Coaf do jogo político. Tudo onde tem política, mesmo bem intencionado, sofre pressão”, disse.
Desde o início do governo, o Coaf enfrenta mudança na estrutura. Responsável por ações de combate à lavagem de dinheiro, esteve no centro de uma polêmica no início do mandato de Bolsonaro.
Ainda em janeiro, Bolsonaro editou a medida provisória da reforma administrativa, com mudanças na estrutura de ministérios. Nela, o órgão passou para a alçada do Ministério da Justiça, comandado pelo ex-juiz Sergio Moro.
Durante a tramitação da proposta no Congresso, o governo sofreu sua primeira derrota. Parlamentares alteraram o texto da medida provisória, mandando o Coaf de volta para o Ministério da Economia. “É natural, em indo para Economia, que tenha alguma mudança”, disse Bolsonaro na residência oficial do Palácio da Alvorada.
Segundo ele, o Coaf , se instalado na estrutura do Banco Central, vai fazer o “trabalho sem qualquer suspeição de favorecimento político.”
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