O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) disse na manhã desta sexta-feira (16) que vai conceder asilo aos cubanos que deixarem seu país de origem e quiserem ficar no Brasil. O pronunciamento foi feito no Rio de Janeiro após reunião com o comandante da Marinha, o almirante de Esquadra Eduardo Bacellar.
Bolsonaro voltou a criticar o formato da parceria e disse que os médicos cubanos são mantidos em um regime de “praticamente escravidão […] injusto e desumano”.
Na última quarta-feira (14) o Ministério da Saúde cubano informou o fim da parceria com o Brasil no programa Mais Médicos. Segundo Cuba, a saída se deve a divergências com a futura gestão de Bolsonaro.
O país afirma que as mudanças no Mais Médicos programadas pelo presidente eleito “impõem condições inaceitáveis e descumprem as garantias acordadas desde o início do programa”. Mais de 8 mil profissionais devem deixar o Brasil.
Segundo dados da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), 1575 municípios são atendidos apenas por médicos cubanos e 80% dessas localidades têm até 20 mil habitantes
A ação foi criada em agosto de 2013, durante o governo de Dilma Rousseff (PT) e tem como objetivo ampliar o atendimento nas comunidades mais pobres por meio de parceria com a Opas.
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Representantes do Ministério da Saúde reúnem-se nesta sexta com membros da Opas para articular a saída dos médicos cubanos do programa e a entrada de profissionais brasileiros. O edital contará com 8.332 vagas e será lançado ainda neste mês. Na próxima semana será convocada uma coletiva de imprensa para maiores esclarecimentos.