Parlamentares do PSL, partido do presidente eleito Jair Bolsonaro, cobraram ontem o futuro Ministro da Economia sobre os planos da equipe para a Reforma da Previdência, entre outros assuntos. O senador eleito Major Olímpio (PSL-SP) afirmou que a reunião foi “extremamente positiva”, mas que os congressistas ainda não receberam um plano concreto sobre como se dará a reforma da Previdência, um dos principais temas do encontro.
“[Guedes] não antecipou quais seriam as bases, nem o tempo em que será colocado o tema, ou um novo projeto, ou aproveitamento do projeto que já está em tramitação [PEC 287/2016, a reforma proposta pelo governo Temer]”, reconheceu.
Os deputados e senadores do partido pediram, segundo ele, que a base aliada participe da elaboração do plano da equipe de Guedes para a Previdência, “para que não saia um projeto que foi objeto de tantos conflitos como foi, por exemplo, a PEC 287”, disse o futuro senador.
Bate-cabeça
Segundo as declarações mais recentes de Bolsonaro sobre o assunto, a reforma da Previdência pode ser “fatiada”. Para facilitar a aprovação da proposta no Congresso, o governo proporia inicialmente apenas a elevação da idade mínima das aposentadorias (o que precisa ser feito por meio de uma Emenda Constitucional, que exige o apoio de 308 deputados e 49 senadores).
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Com essa ideia, a reforma “completa” da equipe econômica de Guedes ficaria para depois. A fala colidiu com o que o futuro chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, havia dito na semana anterior. O ministro da transição havia afirmado que o governo buscava uma reforma integral e com efeitos de longo prazo, “sem açodamento”, já que haverá 4 anos para a discussão do projeto.