Os atos pedindo o impeachment do presidente Jair Bolsonaro marcados para o próximo sábado (2), comandados por entidades e partidos à esquerda do espectro político, deverá contar com ao menos 81 atos em 76 cidades em 10 países, indica a parcial mais recente dos organizadores da mobilização. O ato é o sexto pedindo o impeachment do presidente e organizados por movimentos de esquerda desde maio deste ano.
Diferente de outras datas, onde a diretriz era espraiar as manifestações pelo máximo de cidades, desta vez o objetivo é centrar o ato em grandes capitais e cidades-polo: o ato na capital paulista, marcado para às 13h no Museu de Arte de São Paulo (Masp), deve ser o principal do país, atraindo as maiores lideranças que participarão do ato.
“O ato internacional, com o convite de lideranças, é de São Paulo”, disse Raimundo Bonfim, coordenador nacional das Centrais de Movimentos Populares (CMP). Raimundo lembra que a última, durante o sete de setembro, ocorreu em 201 cidades. Atos já estão confirmados em cidades da Alemanha, Argentina, Canadá, Estados Unidos, Espanha, França, Inglaterra, Itália, Porto Rico e Portugal.
Até o momento, doze legendas indicaram que estarão nas manifestações: PT, Psol, PCdoB, PV, Rede, PSB, PDT, Cidadania, Solidariedade, UP, PSTU e PCB. A articulação conta também com participação de movimentos populares, como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a Força Sindical. Pessoas próximas à coordenação ainda apontam que artistas devem comparecer ao ato – os nomes, no entanto, seguem em sigilo até o momento.
Mesmo o Movimento Brasil Livre (MBL), que se antagoniza politicamente aos grupos que organizam os atos deste sábado, estaria cogitando participar da manifestação. O MBL esteve presente na videochamada desta segunda-feira (27), de preparação ao evento. O Congresso em Foco buscou algumas lideranças do MBL para confirmar a informação, sem sucesso até o momento.
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