Uma trégua entre Executivo e Legislativo foi selada na última quinta-feira (28), pelo menos nos discursos do presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), e o da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
Ainda na véspera, na noite de quarta (27), Maia havia declarado o desejo de encerrar as hostilidades e que era necessário “cuidar do Brasil” e da reforma da Previdência. No dia seguinte, pela manhã, Maia era esperado em uma solenidade do Superior Tribunal Militar (STM), à qual compareceram Bolsonaro e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP). Maia não apareceu, mas o presidente chamou a crise de “chuva de verão” e deixou um recado de reconciliação. “Página virada, um abraço ao Rodrigo Maia. O Brasil está acima de tudo, vamos em frente”, disse o presidente.
Com as falas, os chefes de dois dos Poderes da União tentam amenizar um clima de animosidade que se arrastou por uma semana. Relembre os episódios:
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Na última quarta (27/03), em entrevista à TV Band, Bolsonaro fez uma referência velada à prisão do ex-ministro Moreira Franco, padrasto da mulher de Maia. O deputado não deixou sem resposta:
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No mesmo dia, mais cedo, o confronto havia começado por parte de Maia:
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Bolsonaro e Maia haviam acusado-se mutuamente de estarem de “brincadeira”
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Outra fala de Maia foi respondida em entrevista ao jornalista José Luiz Datena, da Band
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Na sexta passada, enquanto estava no Chile, Bolsonaro havia comparado Maia a uma “namorada” com quem é preciso dialogar. O presidente da Câmara rebateu:
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A uma crítica de Maia sobre o Brasil estar “sem governo”, Bolsonaro apelou novamente para a “situação pessoal” do parlamentar
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A discussão também passou sobre a diferenciação que o presidente tem feito entre a velha e a nova política. Líderes partidários têm reclamado com Maia de estarem sendo rotulados por Bolsonaro.
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Quando Maia conclamou o país a “sair do Twitter”, o presidente tentou ser diplomático
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Maia fez insinuações de que Bolsonaro estaria buscando deixar o desgaste com a reforma da Previdência nas mãos dos congressistas
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A origem do conflito havia girado em torno da reforma: enquanto Bolsonaro põe na berlinda o conceito de “articulação”, sugerindo intenções pouco republicanas, Maia tenta deixar claro que, sem diálogo, o presidente não terá condições de governar