Um dia depois de concluído o primeiro turno das eleições, o presidente Jair Bolsonaro, que disputa a reeleição, adiantou a entrega dos recursos do Auxílio Brasil para o mês de outubro. Os pagamentos previstos originalmente para acontecerem no dia 18 passam agora para o dia 11. O valor também aumenta: os R$ 600 do programa serão acrescidos em R$ 200 pelo Ministério da Cidadania para aqueles que obtiverem emprego com carteira assinada.
Outros benefícios estão previstos para começar a valer em outubro. Na Caixa Econômica Federal, está previsto o início da oferta de crédito consignado para inscritos no Auxílio Brasil, com teto de 3,5% ao mês; e o Ministério do Trabalho planeja distribuir a partir do dia 22 o auxílio de R$ 1 mil para caminhoneiros e taxistas.
O aumento na oferta de recursos para políticas de distribuição de renda por parte do governo Bolsonaro sem uma garantia de permanência foi assunto de constantes confrontos entre governistas e oposição no Congresso Nacional nos primeiros meses de 2020. O Auxílio Brasil foi um ponto central na discussão, havendo o temor de que o programa fosse reforçado no período eleitoral para beneficiar a campanha do presidente, e posteriormente abandonado em um eventual segundo mandato. Bolsonaro nega esse intuito, e afirmou em diversos discursos que planeja continuar o programa em 2023, embora não esteja previsto no orçamento.