O ministro da Justiça e Segurança Pública, André Mendonça, disse não que não vê como interferência a postura do Supremo Tribunal Federal (STF) com relação à investigação dos servidores que constam no dossiê de opositores da gestão Bolsonaro. Em agosto, a Corte decidiu que o governo não pode produzir relatórios sobre a vida pessoal e as escolhas políticas de cidadãos.
“Vejo como uma decisão importante”, disse. O ministro frisou que a investigação “trouxe parâmetros adequados para a inteligência. Respeitou as determinações do ministério da Justiça como órgão central do sistema de inteligência e segurança pública e vai permitir fazermos um aperfeiçoamento da área de inteligência com a construção do plano da política e da estratégia nacional de inteligência em segurança pública. Nos ajudou nesse processo de melhoria contínua do trabalho que deve ser exercido e o Supremo reconheceu isso, para o bem e o interesse do Estado”, disse durante transmissão ao lado de Jair Bolsonaro nesta quinta-feira (3).
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O presidente também saiu em defesa da investigação e disse que o país tem que ter informações e que o “mundo todo faz isso”. Bolsonaro afirmou que o governo não quer “bisbilhotar a vida de ninguém particularmente”, mas quando as pessoas estão em grupos é preciso “trabalhar nesse sentido”.
Bolsonaro disse ainda que o Brasil precisa ter um sistema de inteligência porque países que antes “só estavam preocupados com a Amazônia, agora estão preocupados com Brasil todo”, pois “somos uma potência”. O presidente defendeu um sistema robusto de inteligência e disse ainda que conversa com o general Augusto Heleno, do GSI, com Alexandre Ramagem, da Abin, com a Polícia Federal e com “gente mais experiente”, além do governo americano, diversas entidades e países para “medir termos pró e contra” decisões a respeito do 5G.
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