O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, subiu o tom em coletiva de imprensa nesta segunda-feira (14) contra o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), e o acusou de “aprender a fazer fake news”. O chefe da pasta também anunciou ampliação do número de profissionais para auxiliar no restabelecimento de energia após apagão em São Paulo.
O apagão foi causado por um temporal que atingiu a região. No domingo (13), a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) se reuniu com a concessionária de energia Enel e outras empresas responsáveis pela distribuição de energia elétrica na capital e na Região Metropolitana para a elaboração de um plano de contingência.
No sábado (12), Ricardo Nunes fez duras críticas e responsabilizou o Ministério de Minas e Energia pelo apagão. “É um descaso atrás de descaso com a população de São Paulo. Milhares de pessoas estão sofrendo e sendo afetadas pelo desserviço da Enel, enquanto o governo federal insiste em manter o contrato com essa empresa ineficiente”, escreveu o prefeito nas redes.
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Nunes ainda disse em publicação que o ministro esteve reunido com o presidente da Enel, na Itália, no mesmo dia do apagão. De acordo com o prefeito, os dois se reuniram para discutir a renovação da concessão da empresa. Além de Nunes, o governador do estado, Tarcísio Freitas (Republicanos), também criticou Silveira.
“Nos indigna muito, quando as pessoas irresponsavelmente usam as redes sociais para fazer fake news”, rebateu o ministro. “O prefeito de São Paulo aprendeu rápido com seu concorrente Pablo Marçal, quando ele fez fake news dizendo que estávamos tratando da renovação da distribuição. A Enel vence seu contrato em 2028, tem até 2026 para se manifestar sobre a renovação”.
Ele acrescentou que ainda dá tempo de Nunes se preocupar com a questão urbanística de São Paulo, uma vez que mais de 50% dos eventos foram causados por queda de árvores em redes de baixa e média tensão. Alexandre Silveira ressaltou que as distribuidoras não têm prerrogativa de cuidado, mas sim os municípios.
Medidas de contingência
“O primeiro [objetivo] e mais óbvio é a orientação do presidente Lula que nesses momentos a solução é priorizar, reestabelecer a energia para o povo de São Paulo, da capital e da região metropolitana. Por isso nós anunciamos aqui, a Enel tinha entre 1.300 e 1.400 profissionais, nós estamos ampliando de 1.400 para 2.900 profissionais, mais de 200 caminhões para apoiar essa equipe”, anunciou o ministro.
Alexandre Silveira também criticou a gestão da concessionária Enel no estado. “Ao contrário do que ela disse, que não tinha previsão de entrega do serviço à população, eu disse que ela cometeu um grave erro de comunicação, grave erro do seu compromisso contratual com a cidade de São Paulo por não dar uma previsão objetiva. Eu disse que ela tem os próximos três dias para resolver os problemas de maior volume”, disse na coletiva.
Ele ainda acrescentou que a ação da Enel “faltou planejamento e beirou a burrice” na diminuição de pessoal na concessionária.
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