O ministro Anderson Torres, da Justiça e Segurança Pública, afirmou em suas redes sociais no domingo (13) que vai tomar providências imediatas contra o filme “Como se tornar o pior aluno da escola”, que tem em seu elenco os humoristas Danilo Gentili e Fábio Porchat.
O filme, lançado em 2017 e disponível na Netflix, está sendo alvo de críticas pela presença de cenas associadas à pedofilia. Anderson Torres classificou o filme como “asqueroso”.
Assim que tomei conhecimento de detalhes asquerosos do filme “Como se tornar o pior aluno da escola”, atualmente em exibição na @NetflixBrasil , determinei imediatamente que os vários setores do @JusticaGovBR adotem as providências cabíveis para o caso!!
— Anderson Torres (@andersongtorres) March 13, 2022
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A cena em questão, o personagem encenado por Porchat pede para ser masturbado por alunos adolescentes. O filme é de 2017.
Publicidade“Como se tornar o pior aluno da escola” foi inspirado em um livro que leva o mesmo nome, escrito por Danilo Gentili e publicado em 2009. A obra traz críticas ao politicamente correto e tem classificação indicativa de 14 anos.
Gentili comemorou a polêmica em seu Twitter e afirmou que desagradar tanto a esquerda como a direita é “o maior orgulho” de sua carreira. “Os chiliques, o falso moralismo e o patrulhamento: veio forte contra mim dos dois lados”, escreveu. O Congresso em Foco procurou a assessoria de Fábio Porchat, que não se manifestou até a publicação desta notícia.
O maior orgulho que tenho na minha carreira é que consegui desagradar com a mesma intensidade tanto petista quanto bolsonarista.
Os chiliques, o falso moralismo e o patrulhamento: veio forte contra mim dos dois lados.
Nenhum comediante desagradou tanto quanto eu.
Sigo rindo 🙂 pic.twitter.com/zh4sz2aZcr
— Danilo Gentili 🇺🇦 (@DaniloGentili) March 13, 2022
Outras figuras da base aliada do presidente Jair Bolsonaro (PL) também criticaram o filme e pediram a responsabilização de Fábio Porchat, que protagoniza principal cena em debate.
O secretário especial da Cultura, Mario Frias, disse que Porchat faz “explícita apologia ao abuso sexual infantil” e que a cena é “uma afronta às famílias e às nossas crianças”. Ele classificou ainda que o conteúdo do filme é sujo e que tomará medidas cabíveis para que crianças não sejam “contaminadas” por ele.
“Isso não é humor, não é liberdade de opinião e expressão. Isso é uma criminosa apologia à pedofilia que precisa ser denunciada e punida”, escreveu.
A explícita apologia ao abuso sexual infantil protagonizada pelo Fábio Porchat no filme em cartaz na Netflix é uma afronta às famílias e às nossas crianças.
Utilizar a pedofilia como forma de “humor” é repugnante! Asqueroso! pic.twitter.com/rcHSYPsqKO— MarioFrias (@mfriasoficial) March 13, 2022