Em uma sessão tumultuada, o plenário do Senado resolveu, por 50 votos a 2 (veja abaixo como cada um votou), abrir a votação para a eleição do presidente do Senado. A decisão contraria o senador Renan Calheiros (MDB-AL), que busca o comando da Casa pela quinta vez. Aliados de Renan acusaram o presidente em exercício, Davi Alcolumbre (DEM-AP), de patrocinar uma manobra e passar por cima do regimento interno, que estabelece votação secreta para esse tipo de eleição.
A senadora Simone Tebet (MDB-MS), que desistiu da candidatura após ser derrotada por Renan na bancada, se posicionou contra o sigilo. Outros dois emedebistas tomaram a mesma posição: Dario Berger (SC) e Márcio Bittar (AC). Quase 30 senadores deixaram de votar.
Alcolumbre fez correr uma lista, antes do início da sessão, com o nome de senadores que não apoiavam a abertura da votação, em uma tentativa de constranger os colegas a se posicionarem. Os adversários de Renan na disputa avaliam que ele perderá apoio se o voto for aberto, devido ao seu histórico de acusações. O grupo do emedebista também questiona a legitimidade de Alcolumbre, como candidato, conduzir a sessão.
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