O deputado Túlio Gadêlha (Rede-PE) solicitou proteção policial à presidência da Câmara dos Deputados após receber ameaças de morte em seu celular e email nesta semana. As intimidações, de acordo com o deputado, surgiram após ele discutir com colegas bolsonaristas ao se posicionar contra o projeto de anistia aos presos e condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023, em reunião na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
Túlio registrou boletim de ocorrência na Polícia Legislativa. Além de pedir escolta armada, o deputado cobra que as ameaças sejam objeto de investigação. Em sua fala na CCJ, o deputado afirmou que parlamentares da extrema direita usavam as famílias dos presos para promover ataques políticos e incitar os manifestantes golpistas. Uma familiar de um dos presos reagiu contra o parlamentar.
O pernambucano conta que passou a sofrer ameaças após deputados bolsonaristas publicarem “ataques e mentiras” contra eles nas redes sociais. Túlio declarou, em seu Instagram, que as ameaças recebidas são uma prova da continuidade dessa manipulação política. “Essas mensagens que recebi hoje são a prova viva de que parlamentares da extrema direita continuam usando a família dos condenados para atacar politicamente outros parlamentares”, afirmou.
“Existe uma clara intenção de impedir a nossa atuação, a atuação de parlamentares progressistas, contra a anistia de quem invadiu e depredou os prédios dos Três Poderes pedindo Golpe de Estado. Isso é grave demais e só mostra o quanto a nossa luta é necessária, o quanto o nosso trabalho contra essa cultura da violência e negacionismo tem de continuar. Não vão nos calar”, afirmou.
Em um áudio recebido pelo deputado, uma vez feminina diz: “Filha da put# do car#alho. Você vai pagar, to vendo você aí”. Em outra ameaça, um homem enviou no chat de uma rede social a seguinte ameaça: “Tu merece umas porradas nessa cara”. “Você será chamado para o inferno”, diz mensagem enviada pelo email pessoal de Túlio.
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