A senadora Simone Tebet (MDB-MS) apresentou um requerimento para que o Senado ouça o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, a respeito da crise na oferta de fertilizantes ao agronegócio brasileiro. Pré-candidata à Presidência da República, a senadora quer pressionar o almirante a tratar de um tema caro à campanha da sul-matogrossense: uma fábrica de fertilizantes da Petrobras no estado, cujas obras estão paradas desde 2014.
Na última quinta-feira (10), a senadora disse que o conflito entre Rússia e Ucrânia, dois dos principais exportadores do insumo ao Brasil, pode gerar problemas catastróficos ao agro: “Corremos o risco de ficar sem o produto na próxima safra”, disse. “O problema é grave e urgente.”
O Brasil consume 8,3% da produção global de fertilizantes, a quarta maior consumidora do bem atrás de China (24%), Índia (14,6%) e Estados Unidos (10,3%). No entanto entre todos estes países, apenas o Brasil tem baixa produção de fertilizantes, o que coloca o Brasil em uma posição de sensibilidade.
Em uma peça de sua pré-campanha que circula em redes sociais, a parlamentar volta ao tema da usina para defender sua campanha. Nela, Tebet busca ligar a paralisação da usina em seu estado-natal à corrupção na Petrobras e a um aumento generalizado de preços nos alimentos brasileiros.
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Ao justificar a convocação do ministro, a senadora diz ser possível retomar o projeto. “A fábrica pode ser construída em cerca de oito meses pela Petrobras, talvez por R$ 2 bilhões, ou ser vendida para qualquer cooperativa ou outra empresa por R$ 5 bilhões. E, com isso, poderemos colocar o produto na nossa lavoura”, buscou justificar.
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