A senadora Simone Tebet (MDB-MS) lançou nesta quinta-feira (28) a sua candidatura à presidência do Senado de forma independente, ou seja, sem o apoio de seu partido. Ela evitou responder se vai continuar filiada ao MDB.
“Hoje eu estou no MDB, quero continuar no MDB. Se a partir de março continuarei, o tempo dirá, vai depender muito mais de questões regionais do que de questões nacionais”, disse.
No pronunciamento, ela agradeceu ao líder do MDB, Eduardo Braga (AM), por ter declarado voto nela e também ao Podemos, PSB e Cidadania, que fazem parte de seu bloco, e aos senadores Tasso Jereissati (PSBD-CE), José Serra (PSDB-PS) e Mara Gabrilli (PSDB-SP), que também declararam voto nela.
Até esta quarta (27), a congressista tinha o apoio formal do MDB na disputa pela presidência da Casa, mas o partido preferiu se aliar a Rodrigo Pacheco (DEM-MG), que tem uma quantidade maior de promessas de votos, em troca de indicar um emedebista à vice-presidência do Senado.
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A senadora do Mato Grosso do Sul afirmou que perdeu votos que eram prometidos a ela e que passaram a ser compromissados com Rodrigo Pacheco.
“Assim que eu saí candidata, a primeira pessoa que me ligou foi um senador do PSDB que disse que a única candidata que teria condições na eleição, com votos até de alguns dissidentes, seria eu. Depois disso, a partir do momento que o MDB escolheu candidato, eu vi dia a dia companheiros mudarem de ideia, mudarem de lado. O que levou esses companheiros a mudarem de ideia eu quero crer que seja o embate ideológico de ideias, da grandeza, da capacidade também do nosso adversário, que é um senador que respeito muito, que é o senador Rodrigo Pacheco, espero que seja isso”, disse.
PublicidadeEla evitou acusar diretamente o presidente Jair Bolsonaro de trocar verbas e cargos por votos no líder do DEM, mas disse que essa possibilidade existe.
“A gente tem, sim, sinais, tem ouvido que há ingerência sim do Executivo, até porque não é da minha boca, mas da boca de terceiros do próprio Executivo que Pacheco é o candidato oficial do Palácio do Planalto”.
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