Os senadores Eduardo Braga (MDB-AM) e Otto Alencar (PSD-BA), líderes de partidos que têm juntos 25 senadores, são contra analisar neste momento uma reforma tributária.
O movimento vai na mesma linha do que tem defendido o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), que espera o envio das sugestões do governo.
Já o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), tem agido para acelerar o debate e tem defendido a votação do texto em agosto.
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“Não podemos embarcar em uma reforma que a gente não conhece. Como vamos dizer que estamos apoiando ou que estamos contra uma reforma que a gente não conhece. Não conhecemos a reforma do governo. Uma coisa é falar, outra coisa é a gente ler o que está proposto. ”, disse Braga ao Congresso em Foco.
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O emedebista também disse que é preciso saber antes qual vai ser o real impacto da pandemia na economia para que mudanças no sistema tributário sejam postas em prática. “O cenário pós-pandemia está definido? Está clara o que é a economia pós-pandemia, não sei se está. Na minha opinião, não. Cautela nessa questão é uma coisa prudente, inteligente ter cautela”.
O líder do PSD, senador Otto Alencar, defende que a discussão sobre o tema só pode ser feita presencialmente.“Não há menor chance de discutir reforma tributária em sistema remoto, muito menos analisar a recriação da CPMF como quer o ministro da Economia, Paulo Guedes. Todo dia aparece uma novidade e nenhuma delas se concretiza nesses 18 meses de governo. Isso não merece nem a minha consideração ”.
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De acordo com o senador do PSD, a discussão de forma remota faria com que somente as ideias do governo fossem ouvidas. “É uma coisa muito insegura fazer uma reforma tributária apenas da cabeça do ministro da Economia, ele sabe muito de economia, mas não é a última instância da verdade em nenhum setor, nem planejamento, tributário, arrecadação, de nada, absolutamente nada”.
Sobre a perspectiva da volta dos trabalhos presenciais, Alencar disse que isso está indefinido e que a pandemia é que vai ditar os ritmos, sem possibilidade de previsão da volta das atividades normais. Maia tem falado na possibilidade das sessões presenciais voltarem em agosto.
“Os trabalhos presenciais esse ano não dependem do presidente da Câmara, de mim, nem do Ministério da Economia, dependem da evolução da doença. Está subindo a cada dia no Brasil e o Ministério da Saúde está muito mal gerenciado”, declarou o líder do PSD.
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