O Senado aprovou em plenário o requerimento da senadora Eliziane Gama (PSD-MA) para expandir de cinco para oito membros o colegiado da comissão externa de observação da crise humanitária na terra indígena Yanomami. O pedido partiu dela e do senador Humberto Costa (PT-PE), com quem compartilha a posição de que a atual formação fortalece demais a bancada de Roraima.
A grande preocupação dos dois senadores com relação à bancada roraimense, que até então ocupava dois terços da comissão, se dá por conta da posição dessa bancada, mais simpática às causas dos garimpeiros. No requerimento, Eliziane Gama ainda chama atenção para a recomendação do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), que recomendou a mudança da estrutura do colegiado justamente para evitar que se tornasse uma comissão pró-garimpo.
No requerimento, Eliziane argumenta que o motivo da expansão da comissão serve para alcançar uma “maior participação e representatividade parlamentar e, consequentemente, aprimorar o trabalho da Comissão em prol da construção de soluções para a atual crise humanitária Yanomami”.
Leia também
Apesar da expansão do colegiado enfraquecer seu presidente, Chico Rodrigues (PSB-RR), nem este e nem o relator Hiran Gonçalves (PP-RR) se opuseram à decisão. O senador se viu obrigado a escolher entre aceitar a entrada de novos membros à comissão Yanomami ou lidar com a saída de Eliziane Gama e Humberto Costa, o que poderia resultar na sua dissolução.