O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse, nesta quinta-feira (12), que a privatização da Petrobras “não está na mesa de discussão”. O dirigente do Senado falou aos jornalistas, depois de uma reunião com os secretários estaduais de Fazenda, que a prioridade nesse momento é a aprovação do Projeto de Lei 1.472/21, que cria uma conta para a União com dinheiro de dividendos da Petrobras para amortecer os reajustes de combustíveis.
“Em relação a esse tema, eu já disse outras vezes e reitero que os estudos, o aprofundamento de modelos, de possibilidades, eu acho importante que tenhamos um estudo aprofundado sobre possibilidades relativamente à Petrobras”, afirmou o presidente do Senado. “Mas não considero que esteja no radar ou na mesa de discussão neste momento a privatização da empresa porque o momento é muito ruim para isso”, completou.
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Nesta quarta-feira (11), o novo ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, anunciou, em coletiva de imprensa, que o governo deve iniciar os estudos necessários para privatizar a Petrobras. Ele assumiu o cargo após a demissão do ministro Beto Albuquerque em meio ao anúncio do aumento do preço do diesel.
“Meu 1º ato como ministro de Minas e Energia será solicitar ao ministro Paulo Guedes, o presidente do PPI (Programa de Parcerias de Investimentos), que leve ao conselho a inclusão da PPSA no PND (Programa Nacional de Desestatização)”, disse Sachsida.
A Petrobras tem sido alvo de críticas do presidente Jair Bolsonaro (PL) em virtude das constantes altas nos preços dos combustíveis. Isso tem afetado a meta da inflação e tem prejudicado a avaliação do governo em ano eleitoral. Bolsonaro deve concorrer à reeleição pelo PL.
“Não há vilão ou mocinho nessa história. Temos de encontrar os caminhos que sejam possíveis e que possam não sacrificar os estados, a União ou a Petrobras. Ninguém quer sacrifício absoluto de ninguém a ponto de inviabilizá-los, mas todo mundo quer a colaboração de todos”, declarou Rodrigo Pacheco. Ele ainda informou que, em breve, deve realizar uma reunião com governadores para pedir que eles prorroguem mais uma vez a alíquota do ICMS sobre a gasolina. A medida vem desde novembro de 2021.
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