O presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (MG), confirmou nesta sexta-feira (22) sua desfiliação do DEM e a ida para o PSD. A mudança de partido é considerada parte da estratégia do senador para se cacifar como pré-candidato ao Planalto em 2022.
A troca de legenda também considerou a fusão do DEM e do PSL na nova sigla, União Brasil.
Nas redes sociais, Pacheco escreveu que a decisão responde a um convide do presidente da sigla, Gilberto Kassab, que desde o início do ano tem defendido o nome de Pacheco para disputar a presidência.
“Comunico que nesta data tomei a decisão de me filiar ao PSD, a convite de seu presidente, Gilberto Kassab. Agradeço aos filiados, colegas e amigos do Democratas de Minas Gerais e de todo o país o período de convivência partidária saudável e respeitosa. Meus agradecimentos especiais ao presidente ACM Neto pela atenção a mim sempre dispensada e manifesto meus votos de sucesso ao recém-criado União Brasil, na pessoa de seu presidente, deputado Luciano Bivar”, registrou Rodrigo Pacheco no Twitter.
Leia também
A previsão é de que o ato de filiação de Pacheco ocorra na próxima quarta (27), em Brasília.
Rodrigo Pacheco foi eleito presidente do Senado com aval do presidente Jair Bolsonaro, que apoiou seu nome. Desde o início do ano, quando surgiram as primeiras sondagens públicas do PSD em torno do ex-democrata, a relação com o presidente da República ficou estremecida.
A favor da eleição de Pacheco para o comando do Senado também contou a campanha do ex-presidente da Casa, o senador Davi Alcolumbre, que articulou votos para o parlamentar mineiro, após ter frustrada pelo Supremo a tentativa de reeleição. Ele teve 57 votos favoráveis. Concorrente direta dele, a senadora Simone Tebet (MDB-MS) teve 21 votos.
> PSDB anuncia oposição ao governo Bolsonaro
> Governo demite indicados do PSD na tentativa de pressionar o partido