Em troca de hostilidades com Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Lava Jato no Paraná, o senador Renan Calheiros (MDB-AL) promete representar contra o procurador no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) por “fazer política”.
O anúncio foi feito por Renan pelo Twitter no início da tarde desta quarta-feira (16). Dallagnol e outros procuradores que ganharam projeção na Lava Jato têm promovido um abaixo-assinado para que as eleições para a presidência da Câmara e do Senado, no início de fevereiro, sejam abertas. O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, determinou no início de janeiro que as votações sejam secretas.
“Quando fevereiro chegar, entraremos no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) contra Deltan Dallagnol, que continua a fazer política com declarações, tweets e retweets. Agora, sem os seus parceiros Janot (aposentado) e Miller (aprovado em concurso de juiz federal)”, escreveu o senador.
Citado por Renan, o ex Procurador-geral da República Rodrigo Janot é um dos que apoiam as campanhas por votações abertas para as casas do Legislativo.
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Em vídeo publicado no início da semana, Deltan disse que o voto secreto “favorece a eleição de investigados enrolados com a Justiça”. O abaixo-assinado promovido por Dallagnol já tinha, até o início da tarde desta quarta, mais de 709 mil assinaturas. Colegas do procurador no MPF do Paraná, como Roberson Pozzobom e Jerusa Viecili, também têm divulgado a iniciativa.