O relator da CPI da Pandemia, senador Renan Calheiros (MDB-AL), afirmou que vai convocar o Secretário Geral da Presidência, ministro Onyx Lorenzoni, para depor na comissão. De acordo com ele, o secretário agiu na tentativa de interferir na apuração da CPI e coagir uma testemunha. Calheiros falou em um pedido de prisão contra o ministro. “Vamos pedir a convocação dele e, se ele continuar a coagir a testemunhas, vamos requisitar a prisão dele”, disse o senador. As declarações foram dadas em entrevista à GloboNews.
Durante a tarde, o Palácio convocou uma coletiva – mas não permitiu perguntas de jornalistas – com o ministro Onyx Lorenzoni, na qual ele acusou o deputado Luis Miranda (DEM-DF) e o irmão, o servidor do Ministério da Saúde Luis Ricardo Miranda, de mentirem à comissão. “Deputado Luís Miranda, Deus tá vendo. Mas o senhor não vai se entender só com Deus não, vai se entender com a gente também. E vem mais: o senhor vai explicar e o senhor vai pagar pela sua irresponsabilidade, pelo mau-caratismo, pela má-fé, pela denunciação caluniosa e pela produção de provas falsas”, disse Lorenzoni diante dos jornalistas
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Nas redes sociais, Calheiros falou em um novo “patamar” da CPI da Covid.
A CPI muda de patamar. Até aqui enfrentamos o negacionismo. Agora as novas pistas indicam para o “negocionismo”. Por isso o desespero de Bolsonaro e Onyx Lorenzoni. #CPIdaCovid #CPIdaCovidSalvaVidas
— Renan Calheiros (@renancalheiros) June 23, 2021
O vice-presidente da CPI, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), também presente na entrevista, disse que haverá responsabilização dos personagens responsáveis pela intimidação. “Vamos levar à resposabilização e as intimidações não prosperarão (…). Não tente intimidar essa comissão parlamentar de investigação”.
Randolfe classificou como “estranho” o governo não cancelar um contrato suspeito. “O governo ao invés de apurar a denúncia se preocupa em investigar quem denunciou.
Ainda durante a coletiva, Lorenzoni falou que a Polícia Federal será acionada para investigar não apenas as denúncias, como também a postura do servidor público que denunciou o possível esquema.
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