Após reação negativa sobre o novo jabuti proposto pelo relator da reforma administrativa, deputado Arthur Maia (DEM-BA), afirmou que excluirá do parecer a permissão ao diretor-geral da Polícia Federal para designar delegados para condução de inquéritos e investigações da corporação.
“Isso tá errado. Já mandei minha assessoria excluir isso do texto”, disse. Segundo ele, houve uma falha de comunicação sobre a previsão do documento.
Hoje, a escolha dos delegados é feita por superintendentes nos Estados, de forma descentralizada e com autonomia na corporação. O trecho a ser excluído do parecer é o seguinte:
“Os inquéritos policiais relacionados ao exercício das funções institucionais de que trata o § 1º serão conduzidos por Delegados integrantes da carreira nele referida, designados pelo Diretor-Geral da Polícia Federal”.
No entanto, a proposta mantém um jabuti sobre a concessão de fórum especial para os diretores gerais da PF. Maia afirmou, durante a comissão especial que analisa a reforma, ter sido procurado por um grupo de delegados da instituição preocupados “com a situação de que muitas vezes está havendo interferência indevida dentro da Polícia Federal”. O relator não citou qual grupo o procurou.
Leia também
“Um grupo de delegados me procurou aqui com a preocupação de que está havendo interferência indevida dentro da Polícia Federal e que, portanto, a relação de qualquer instituição com a PF deveria ser através do seu diretor-geral, o que na minha visão é absolutamente razoável”, afirmou.
PublicidadeA proposta que fornece ‘superpoderes’ aos diretores da PF foi apresentada pelo relator após o ministro do Supremo, Alexandre de Moraes determinar à PF a retomada do inquérito que investiga suposta tentativa de interferência política do presidente Jair Bolsonaro na Polícia Federal.
O novo texto foi apresentado em meio às novas aberturas de inquéritos que miram o governo e seus aliados. A maioria das investigações são conduzidas pelas mesmas equipes da Polícia Federal.
Siglas aproveitam popularidade da CPI para testar nomes de olho em 2022
Você já pode votar no Prêmio Congresso em Foco 2021