A Câmara dos Deputados se debruçou, nesta quarta-feira (10), sobre o relatório aprovado no início da tarde pela Comissão de Comissão de Justiça (CCJ) pela manutenção da prisão preventiva do deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), acusado de ordenar o assassinato, em 2018, da vereadora Marielle Franco. O parecer do deputado Darci de Matos (PSD-SC) foi aprovado por 277 votos a 129. Foram registradas 28 abstenções (veja lista de votação mais abaixo). Para que a prisão fosse mantida, eram necessários ao menos 257 votos. Deputados bolsonaristas votaram em peso para soltar o colega, que também é acusado de obstruir as investigações e organização criminosa. Quase 80 parlamentares faltaram à sessão – posição que favorecia Chiquinho Brazão.
A votação em plenário seguiu um rito de mínima exposição dos parlamentares: não foi realizada a etapa de encaminhamento, em que os parlamentares sobem individualmente à tribuna para apresentar argumentos favoráveis ou contrários ao relatório. As orientações de bancada foram feitas em blocos, com a maioria dos partidos optando por liberar os deputados para que votassem conforme a própria consciência
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Confira o voto de cada deputado sobre o relatório pela manutenção da prisão de Chiquinho Brazão:
Sim = pela manutenção da prisão
Não = pela libertação do deputado
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*Nomes sem votos configuram ausências em plenário, não havendo distinção entre faltas justificadas ou não-justificadas.
O único partido a orientar sua bancada pela libertação de Chiquinho Brazão foi o PL, do ex-presidente Jair Bolsonaro. Entre as votações, porém, o deputado também recebeu apoio massivo do União Brasil, seu partido de origem, que ofereceu 22 votos contrários ao relatório. Os dois partidos, durante as discussões na CCJ, afirmam não reconhecer a constitucionalidade da decisão judicial pela prisão do congressista acusado de obstrução de justiça, organização criminosa e homicídio doloso.