Os três nomes inicialmente sorteados pelo Conselho de Ética da Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (17) como possíveis relatores do processo de cassação do deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), acusado de ser mandante do assassinato da vereadora Marielle Franco, recusaram o caso. São eles:
- Bruno Ganem (Podemos-SP)
- Gabriel Mota (Republicanos-RR)
- Ricardo Ayres (Republicanos-TO)
Apesar de terem negado a relatoria do caso, Bruno Ganem e Ricardo Ayres votaram, na semana passada, a favor da manutenção da prisão de Chiquinho Brazão. O deputado Gabriel Mota, por sua vez, esteve presente na sessão, mas não votou. Essa posição favorecia o parlamentar preso, uma vez que eram necessários 257 votos pela manutenção. Ou seja, abstenções e ausências tinham o mesmo efeito do voto contrário à prisão.
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Segundo dados do Radar do Congresso, ferramenta do Congresso em Foco que acompanha as votações no Legislativo federal, os três deputados possuem alta taxa de governismo, isto é, o voto dos parlamentares coincidiram na maior parte das vezes com a orientação do líder do governo.
Com maior perfil governista, Bruno Ganem votou conforme o governo 93% das vezes. Ricardo Ayres registrou taxa de 85%, enquanto Gabriel Mota acompanhou a orientação do Executivo nas votações em 84% das vezes.
Pré-candidato a prefeito de Indaiatuba, o deputado Bruno Ganem justificou a recusa sob o pretexto das tarefas envolvendo a pré-candidatura e as eleições municipais de 2024. Ricardo Ayres alegou ter recusado pelo fato de já ser relator em outro caso no Conselho de Ética. Já Gabriel Mota não justificou.
Diante da recusa, outros três nomes foram sorteados na manhã desta quarta-feira (17) para relatar o processo aberto a pedido do Psol: Jack Rocha (PT-ES), Rosângela Reis (PL-MG) e Joseildo Ramos (PT-BA). Caberá ao presidente do colegiado, deputado Leur Lomanto Júnior (União-BA), escolher um deles como relator.
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