Mesmo dividido, o PT resolveu nesta sexta-feira (1º) apoiar o deputado Marcelo Freixo (PSol-RJ) para a presidência da Câmara. Nos últimos dias, o partido chegou a considerar o voto no presidente anterior da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), favorito na disputa depois de receber apoio de partidos como MDB, PSDB e PSL, três dos mais numerosos da Câmara.
Maior partido da Câmara, com 54 nomes, o PT chegou ao dia da eleição com parte da legenda tendendo a apoiar Maia. Mesmo antes de o PSL do presidente Jair Bolsonaro anunciar apoio ao deputado fluminense formalmente, petistas já faziam movimentos nessa direção, a despeito da preferência do líder do PT, Paulo Pimenta (RS), e de ex-líderes como José Guimarães (CE).
Também ontem (quinta, 31), o PSB resolveu engrossar o bloco de oposição com o objetivo de tentar assegurar espaço e participação na Mesa Diretora. Com 32 deputados, o partido passa a integrar, em parte, o acordo que reúne PT, Rede e Psol e em um grupo de 98 representantes.
O apoio do bloco foi saudado pelo presidenciável do Psol nas eleições passadas, Guilherme Boulos. “Participei hoje do encontro que selou a unidade do bloco PSOL, PT, PSB e Rede na Câmara dos Deputados. É fundamental unificar a oposição a Bolsonaro no parlamento e nas ruas”, escreveu o líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto.
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