Um grupo de 14 senadores de quatro partidos (PSB, PDT, Rede e PPS) anunciou, na tarde desta sexta-feira (25), um bloco que promete não ser “nem situação automática nem oposição sistemática” ao governo Bolsonaro. O bloco ainda não definiu o nome que vai apoiar na disputa pela presidência do Senado.
“Nem uma candidatura própria [do bloco] está descartada” afirmou o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP). O bloco foi batizado com o nome de “Senado Independente”, e será oficializado assim que os congressistas tomarem posse, na próxima sexta-feira (dia 1º de fevereiro).
Na mesma data, serão eleitas as novas mesas do Senado e da Câmara. No último caso, o grande número de partidos que já declararam apoio a Rodrigo Maia (DEM-RJ) em tese garante vitória folgada do atual presidente. Com habilidade, ele foi capaz de reunir em torno de si legendas do governo e da oposição. Prometendo diálogo, valorização do Legislativo, respeito às minorias e apoio à agenda econômica de Bolsonaro, ele só não vai se reeleger se houver muitas traições.
O cenário é mais confuso no Senado, onde o MDB, que tem a maior bancada, está dividido entre as candidaturas de Renan Calheiros (AL), ao qual vários de seus correligionários não querem dar um quarto mandato como presidente da Casa, e a líder do partido, Simone Tebet, que é estimulada a concorrer por senadores de várias agremiações e pelo presidente nacional do MDB, o senador em fim de mandato Romero Jucá (RR), derrotado na tentativa de se reeleger.
Também se movimentam como aspirantes ao cargo, entre outros, Davi Alcolumbre (DEM-AP), apoiado pelo chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni; Tasso Jereissati (PSDB-CE), que se apresenta como candidato independente, favorável à viabilização da pauta econômica do governo, mas comprometido com o respeito à oposição; e Alvaro Dias (Podemos-PR), o único a se anunciar abertamente candidato.
Compõem o bloco:
5 senadores da Rede – Alessandro Vieira (SE), Fabiano Contarato (ES), Flavio Arns (Rede-PR), Randolfe Rodrigues (AP) e Styvenson Valentim (RN)
4 do PDT – Acir Gurgacz (RO), Cid Gomes (CE), Katia Abreu (TO) e Weverton Rocha (MA)
3 do PSB – Leila do Vôlei (DF), Veneziano (PB) e Jorge Kajuru (GO)
2 do PPS – Eliziane Gama (MA) e Marcos do Val (ES)
Segundo Randolfe, o bloco ainda negocia a adesão do senador Reguffe (sem partido-DF).
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Resumindo. Nem esquerda, nem direita, nem centro. Em cima do muro, com tendências a pender para o lado que mais puder tirar proveito.
Nem a esquerda quer saber do PT!
Como diz o ditado. Nas dificuldades conhecemos os verdadeiros companheiros, na facilidade os oportunistas. Barriga não dói só uma vez, se hoje parte desses que souberam aproveitar os melhores momentos do PT para se elegeram, dão as costas para o partido, amanhã poderão sem pudor vir novamente pedir palanque. Escreve aí.
Nisso você tem razão, e voltam sem pudor porque faz parte do DNA dos políticos. Eles, via de regra, com poucas exceções, não têm caráter.
Não existe ética na política, meu caro.